Um homicídio. A pessoa errada fora culpada. Quem realmente o cometera?
Sara procurará por todos os cantos do mundo o verdadeiro culpado pelo
homicídio, tentando, a todo o custo, libertar o noivo preso injustamente.
Durante esse tempo, um novo romance surgirá e, com ele, também o mistério.
Sinopse bastante simples, eu sei. Mas é esta a ideia, tudo se baseará em
volta de um homicídio e de um criminoso que tem que ser encontrado. Tudo
para que Sara consiga ajudar o seu noivo que se encontra preso injustamente
- e que entretanto vai para um manicómio. Várias outras personagens irão
surgindo ao longo da história, mas não direi nada por enquanto. Primeiro
quero saber o que vocês acham e se realmente vale a pena continuar a
escrever esta história.
Se gostarem, postarei mais acerca da mesma.
Fica aqui o prólogo. Comentem e digam-me o que acharam.
Então beijos e até ao próximo post do blog :D
Prólogo
Dia vinte e três de Outubro. Possivelmente aquela seria uma data especial
para muita da população do mundo. Menos, se restringirmos apenas à população
dos Estados Unidos. Menos ainda, se nos focarmos em Nova Iorque. Mas a nós
só nos interessa uma pessoa: Sara Silva.
Aquele era um dia especial para si, e não só pelo simples facto de fazer
anos – já que esse não era um dos pontos que lhe chamasse a atenção. Dentro
daquele quarto, presente num terceiro andar de um prédio, tinha ocorrido
algo. Algo pelo qual Sara aguardava há aproximadamente três meses. Algo no
qual Joseph trabalhava há três meses. O pedido de casamento.
O pedido tinha sido trabalhado até ao mais pequeno pormenor. Não seria
característico do Joseph se assim não fosse. Sara tinha sido arrastada até
ao apartamento do namorado com a desculpa de Joseph necessitar de auxílio na
preparação da festa de aniversário da sua mãe, futura sogra de Sara. Sara
aceitou, sem sequer reclamar. Mal chegaram ao apartamento, Sara notou que
algo se passava, e não foi só devido ao odor de alguma essência libertada
pelas tão conhecidas velas de cor, que, quando acendidas, libertavam um
aroma agradável. Não, havia mais que isso, e Sara sabia-o.
Joseph sabia que Sara já desconfiava de algo, conhecia bem a, até então,
namorada, mas continuou com toda a surpresa. Procurou pelo interruptor e
carregou no mesmo, acendendo a luz da sala. Sara virara-se para ele e
sorrira, esperando que ele dissesse algo, mas as únicas palavras que saíram
foram um “fecha os olhos”. Ela fechou-os.
A partir daí tudo ocorreu muito depressa. Em menos de trinta segundos ambos
estavam no quarto, deitados lado a lado, enquanto começavam a falar
animadamente. A festa de anos da mãe era o principal assunto, sendo que o
mesmo era discutido às escuras. No entanto, mesmo às escuras, Sara notou a
impaciência e o nervosismo do namorado, bastava que ela sentisse a forma
nervosa como os seus braços eram acariciados. A mulher soltara simples
palavras com o intuito de saber o que se passava e, como forma de resposta,
não foram obtidas palavras. O namorado carregara no interruptor que havia ao
lado da sua cama, acendendo uma luz de fundo.
Sara assustara-se.
A mulher olhou para o local da luz, sentindo um arrepio nunca sentido antes,
capaz de encher os seus olhos de lágrimas. Joseph sentiu a mulher
arrepiar-se e sorriu com o comportamento. Era esse o efeito que ele queria
causar na mulher.
Na parede era visível uma pintura, capaz de ocupar toda a parede daquele
quarto, em que havia uma igreja como cenário de fundo. Em, arriscaria dizer,
segundo plano, eram visíveis algumas árvores, pessoas e uma pequena
carruagem. E em primeiro plano estavam eles, de mão dada, com um sorriso
enorme nos lábios. Sara conseguia ver feições suas e do noivo na projecção
encontrada na parede. Joseph sempre fora um bom pintor.
A mulher continuava com os olhos naquela parede e Joseph, aproveitando a
distracção, puxou uma pequena caixa da mesa ao seu lado e abriu-a,
colocando-a em frente aos olhos da mulher. A mulher nada falou, apenas
sorriu e levou as suas mãos ao seu rosto, limpando cada lágrima lá presente.
Uma resposta era ansiosamente aguardada, enquanto um coração batia forte com
medo da mesma.
Então tudo aconteceu, Sara virara-se para o namorado e beijará o mesmo. Era
apenas um beijo inocente, mas tudo começou a aquecer e, quando menos
esperaram, tudo aconteceu, tal como na primeira vez…
Assim foi o pedido de casamento. Assim foi o aniversário de Sara. Assim foi
o melhor dia das suas vidas… ou talvez nem tanto.
Tudo estava a correr como o planeado pelo Joseph. Sara encontrava-se
encostada no peito dele, enquanto a sua cintura era rodeada pelos braços do
mesmo. Um cobertor tapava os seus corpos, já cobertos pela roupa mais
íntima.
No entanto tudo saiu do controlo, tudo deixou o plano inicial, algo que
poderia ter chateado Joseph, se não fosse pela situação complicada para o
seu lado.
Um barulho assustador foi audível daquele quarto, fazendo com que ambos
sobressaltassem.
- Vou ver o que se passa.
Sara assentiu, vendo o mais recente noivo levantar-se, apenas com as roupas
mais íntimas a tapar o seu corpo.
- Cuidado. – Soltou.
Ele virou-se para trás, com um sorriso, e assentiu. Aos olhos dele, naquele
momento, Sara tinha aspecto de uma menina. A sua menina. Era isso que ele
adorava nela, tinha três personalidades totalmente distintas, mas sabia
usá-las bastante bem: tinha uma personalidade de criança que necessitava ser
protegida, a personalidade de uma mulher decidida e lutadora e tinha uma
outra personalidade que apenas era demonstrada nos seus momentos a sós, tal
como há algumas horas atrás.
Joseph preparava-se para abrir a porta, mas alguém lhe poupou o trabalho.
Ele assustou-se.
A porta deu passagem a dois polícias, sendo que os mesmos não tinham o menor
problema de manter a arma bem levantada, apontada ao Joseph. O corpo de Sara
paralisou com aquela imagem, fazendo com que a mesma ficasse sem força para
perguntar o que se passava ali ou, até, para tapar o seu corpo coberto
apenas pela roupa íntima.
No entanto, ao contrário dela, Joseph não teve esse problema. A sua voz saiu
alta e firme.
- Que se passa aqui?
- Outra vítima? – Um dos polícias sussurrou para si mesmo, olhando para
Sara.
O outro polícia, no entanto, encontrava-se bastante mais sério.
- O senhor está preso.
Joseph olhou para ambos, confuso. Não conseguia entender o porquê de estar
preso, não conseguia entender o porquê de estarem dois polícias à sua
frente, com armas, durante o dia de aniversário da sua noiva. Não conseguia
entender o que se passava. Da sua boca apenas foi soprado um “Preso? Que
fiz eu?”, que depressa foi respondido pelo polícia mais sério.
- Recebemos queixas de um homicídio. Temos nomes. – Fez uma pausa. – O seu
nome está envolvido.
Ao ouvir aquilo, Sara acordou do transe. Dentro da sua cabeça ela
questionava-se como poderiam estar a pensar que o seu noivo teria cometido
um homicídio. Claro que não.
Sara conhecia Joseph há, aproximadamente, cinco anos, começara a namorar com
ela há quatro. Conhecia-o suficientemente bem para saber que ele não seria
capaz de cometer um homicídio.
Os policias depressa se dirigiram a ele, segurando as algemas que seriam
colocadas nos seus pulsos.
Joseph recusara-se.
Claro que eles não sairiam de lá sem Joseph, portanto recorreram a outra
táctica. Enquanto o polícia mais sério apontava a pistola à cabeça de
Joseph, o outro algemava-o. Sara não o permitiria.
A mulher saltou para cima do marido, mantendo-se entre o mesmo e a polícia.
O seu coração batia fortemente no peito, como nunca tinha batido antes, mas
não se calaria. Não permitiria que levassem Joseph.
- O Joseph não cometeu crime nenhum. Eu conheço-o. Não o podem levar assim.
Os polícias não quiseram tomar, sequer, atenção ao que saía da sua boca,
apenas fizeram Joseph tirar a mulher de cima de si e, o próprio, ir com os
outros dois. Como conseguiram mudar o comportamento de Joseph? Apontando a
pistola a Sara.
Ele virou-se para trás, já algemado e em pé, e sorriu-lhe. No entanto o
sorriso durou pouco tempo, os polícias empurraram-no para fora do quarto.
Sara ficou estática, enquanto ouvia os passos que se iam afastando aos
poucos do quarto. O medo desapareceu, mas um novo sentimento tomou conta do
seu corpo, um sentimento impossível de ser definido naquele momento, um
sentimento que a fez levantar da cama e correr até perto da porta, onde se
encontravam os três. O seu coração batia fortemente e a sua temperatura
estava bastante elevada, mas foram apenas sintomas que a incentivaram a ir
em frente.
- Joseph. – Chamou.
Os três olharam para trás, parando em frente à porta de entrada. Sara ficou
parada, enquanto encarava os olhos do noivo. Naquele momento ela falava
apenas para ele, mais ninguém existia naquela sala, apenas os dois e a
promessa que fora lançada por ela.
- Eu vou encontrar o culpado por tudo isto.
Ele apenas sorriu, de forma sincera, e acenou para a mulher que estava com
uma expressão totalmente diferente da sua.
Mais uma vez os polícias estragaram o momento, empurrando Joseph para o
exterior da casa. No entanto ele conseguira dizer algo, suficientemente alto
para que fosse ouvido por Sara no interior da casa.
- Daqui a nada estamos juntos novamente. Eu prometo.
Assim que as palavras saíram da sua boca, a porta foi puxada com força
suficiente para que fosse audível um som capaz de assustar qualquer um.
Qualquer um, mas não Sara. Sara estava mais preocupada em pensar numa forma
de encontrar o verdadeiro culpado.
A mulher não sabia onde começar a sua investigação, não sabia onde procurar
pistas ou testemunhos acerca do caso, mas tinha uma certeza: Joseph sairia
da prisão o mais depressa possível e o verdadeiro culpado sofreria as
consequências.
Sem comentários:
Enviar um comentário